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MAL FORMAÇÃO ARTERIOVENOSA (MAV)

O que é uma malformação arteriovenosa?

      A mal formação arteriovenosa é uma lesão congênita, onde forma-se uma coleção anormal de vasos sanguineos se assemelhando a um pequeno "novelo de lã" . Anatomicamente, as artérias, que recebem sangue com alta pressão, ligam-se as veias, por onde circula sangue de baixa pressão, através de pequenos vasos, chamados de capilares. Esses servem para, progressivamente, reduzir a alta pressão sanguinea na transição das artérias para as veias. Isso impede um rompimento da parede dos vasos quando o sangue troca de sistema. Nessa doença vascular, os capilares são inexistentes, ou seja, as artérias ligam-se diretamente as veias. Isso faz com que o sangue circulante mude de sistema sem baixar sua pressão. E o circuito venoso ao receber uma energia maior que sua capacidade de suporte, pode se romper. Isso irá gerar sangramentos possivelmente catastróficos no cérebro.

Mal formação vascular

      Observe na segunda imagem o emaranhado de vasos formando a mal formação arteriovenosa.

       

Clínica e diagnóstico das malformações arteriovenosas

       O quadro clínico mais comum das malformações arteriovenosas é o sangramento cerebral. E esse se manisfesta através de fortes dores de cabeça, podendo evoluir para diminuição do nível de consciência e crises convulsivas. Caso você presencie sintomatologia semelhante procure imediatamente uma emergência médica.

A imagem acima mostra uma mal formação e seu fluxo de sangue no cérebro.

      O diagnóstico geralmente é feito com um exame de imagem. A tomografia de crânio mostra o secundário sangramento. A ressonância e a angiografia determinam as medidas e a localização exata da MAV. Existe conhecida classificação conhecida por Sistema de Graduação de Spetzler-Martin.

Mal formação cavernosa

O círculo vermelho destaca uma mal formação arteriovenosa em uma ressonância de encéfalo.

Qual o tratamento das malformações arteriovenosas?

     O tratamento, outrora francamente intervencionista, vem sendo reestudado. A embolização, indicada geralmente como um procedimento pré-cirúrgico, também vem sendo questionada. Durante muitos anos, a ausência de ensaios controlados conduziu manejos instintivos. Entretanto, atualmente esses vem sendo rediscutidos.

 

Se você permaneceu com dúvidas, marque sua consulta.

 

 

Rafael Oliveira - Médico Neurocirurgião e Cirurgia de Coluna

Porto Alegre - RS

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